Burnout

O Burnout é um estado de esgotamento físico, emocional e mental causado por um estresse excessivo e prolongado no trabalho. Esse fenômeno, cada vez mais comum, ocorre quando o indivíduo se sente sobrecarregado e incapaz de atender às constantes demandas, resultando em uma perda de energia, motivação e eficácia profissional. O burnout pode manifestar-se através de diversos sintomas, como cansaço extremo, irritabilidade, falta de concentração, e um sentimento de despersonalização, onde o trabalho passa a ser visto de forma negativa e distanciada.

Nem todos têm a sorte de ter um trabalho que corresponda à sua vocação, que os cumpra e os faça felizes. Mesmo que tudo tenha começado positivamente e tenha ficado satisfeito com o seu trabalho durante muito tempo, as mudanças no ambiente de trabalho, novos superiores e colegas e as características pessoais podem contribuir para uma perda de desejo pelo trabalho. Isso por si só pode não ser motivo para procurar um novo emprego, mas se o seu trabalho o está lhe adoecendo, então é o momento de repensar a sua situação. Alguns sinais podem alerta-lo se você está no limite: 

  • Estresse e exigências excessivas.
    Sofre de estresse crônico e sente-se constantemente sobrecarregado; a sua agenda está pesada e sempre tem um prazo a cumprir seguido do outro; acumula extras de trabalho que, mas ainda assim não consegue finalizar o trabalho a tempo; não lembra qual a última vez que gozou de férias relaxantes; 
  • Tédio
    Vai para o trabalho, permanecendo durante horas, mas com a sensação de que não tem nada de significativo para fazer e mesmo a sua própria iniciativa não lhe é gratificante ou não faz sentido para você; não há oportunidades para se desenvolver ou para enfrentar desafios.
  • Sem pausa nem aos fins de semana
    Não faz pausas, ou quase nenhuma, precisando frequentemente usar este tempo para trabalhar nas suas tarefas e embora já anseie pelo fim de semana, ainda assim não tem descanso do seu trabalho aos sábados e domingos.
  • Ambiente de trabalho
    Há sempre um clima ruim no trabalho; a relação com o seu chefe pode ser descrita como distante; é assediado, intimidado e não recebe qualquer elogio mesmo quando realiza um bom trabalho; a situação é semelhante entre você e os seus colegas e tem a sensação de que os problemas não são comunicados diretamente a você, mas sim nas suas costas.
  • Absenteísmo
    As suas ausências são frequentes, procura desculpas para se manter afastado do trabalho; fica frequentemente doente, com dores de cabeça, nas costas e percebe-se adoecendo psicologicamente, começando a desenvolver depressão ou distúrbios de ansiedade, o que pode ser o resultado de uma sobrecarga profissional. Este é provavelmente o sinal mais claro de que o seu trabalho está lhe adoecendo e de que algo precisa mudar.

Reconhecer os sinais de burnout é apenas o primeiro passo; a ação subsequente crucial é buscar maneiras de gerenciar e mitigar esses sintomas. Entre as estratégias mais eficazes está o tratamento psicológico, que pode envolver várias abordagens terapêuticas específicas.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é amplamente utilizada para tratar o burnout, pois ajuda os indivíduos a identificar e modificar padrões de pensamento negativos que contribuem para o estresse. A TCC se concentra em mudar crenças disfuncionais e comportamentos mal-adaptativos, ensinando estratégias para lidar com situações estressantes de maneira mais eficaz. Por meio de sessões estruturadas, os pacientes aprendem a reavaliar pensamentos automáticos negativos e a desenvolver uma visão mais equilibrada e realista dos desafios do trabalho. Técnicas como reestruturação cognitiva, exposição gradual a situações temidas e treinamento de habilidades de enfrentamento são componentes centrais da TCC.

Além disso, a terapia de aceitação e compromisso (ACT) pode ser benéfica, incentivando a aceitação das emoções difíceis e o compromisso com ações alinhadas aos valores pessoais. A ACT trabalha com a premissa de que o sofrimento faz parte da experiência humana e que lutar contra emoções negativas pode aumentar o sofrimento. Em vez disso, os pacientes são ensinados a aceitar essas emoções como uma parte natural da vida e a focar em viver de acordo com seus valores mais profundos. Técnicas de defusão cognitiva, mindfulness e exercícios de valores são utilizadas para ajudar os indivíduos a desenvolver uma vida mais rica e significativa, mesmo diante do estresse.

Técnicas de mindfulness também são frequentemente incorporadas, promovendo uma maior consciência e presença no momento, o que pode reduzir a reatividade ao estresse. A prática do mindfulness envolve prestar atenção ao momento presente de maneira intencional e sem julgamento, o que pode ajudar a reduzir a ansiedade e aumentar a resiliência emocional. Exercícios de respiração, meditação e body scan são algumas das práticas comuns de mindfulness que podem ser integradas ao tratamento do burnout. Essas técnicas ajudam os indivíduos a desacelerar, a se reconectar com o presente e a reduzir a ruminação sobre problemas passados ou futuros.

Combinando essas abordagens, o tratamento psicológico pode proporcionar um suporte abrangente para aqueles que sofrem de burnout, ajudando-os a recuperar o controle sobre suas vidas e a encontrar um caminho para uma existência mais equilibrada e satisfatória.

Em alguns casos, o tratamento pode incluir intervenções psicofarmacológicas, como antidepressivos ou ansiolíticos, para aliviar sintomas mais severos. A combinação dessas abordagens personalizadas pode proporcionar um alívio significativo e ajudar na recuperação do burnout, permitindo que os indivíduos restabeleçam um equilíbrio saudável entre a vida profissional e pessoal.

Em suma, o burnout é uma condição séria que pode afetar significativamente a saúde e a qualidade de vida de um profissional. Reconhecer os sinais de esgotamento e tomar medidas proativas é essencial para evitar que a situação se agrave.

Reavaliar o ambiente de trabalho, buscar apoio psicológico, estabelecer limites claros entre a vida profissional e pessoal e adotar práticas de autocuidado são passos importantes para prevenir e combater o burnout.

Lembre-se de que a saúde mental e física deve ser uma prioridade. Encontrar maneiras de alinhar o trabalho com suas paixões e habilidades, ou mesmo considerar uma mudança de carreira, pode ser necessário para garantir uma vida profissional mais satisfatória e equilibrada. Priorize seu bem-estar e não hesite em procurar ajuda se sentir que o trabalho está comprometendo sua saúde.

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