Depressão pós parto, psicose puerperal e baby blues
Baby Blues – Sentir tristeza e melancolia após o parto nem sempre é sinônimo de depressão. Muitas vezes as mulheres apresentam esse quadro devido às grandes mudanças hormonais e corporais que as atravessam no período.
Este estado temporário, que pode durar até duas semanas, é o que chamamos de Blues Puerperal ou “baby blues”.
Seus sintomas mais comuns são:
.Irritabilidade;
.Melancolia;
.Vontade de chorar sem motivo;
.Alteração do sono;
.Preocupação excessiva com a saúde do bebê, mesmo ele estando saudável;
.Dificuldade de se concentrar.
Com uma rede de apoio bem estruturada, paciência, compreensão e adaptabilidades na rotina é possível criar um ambiente acolhedor e seguro para que a mulher passe por essa fase e consiga vivenciar a maternidade com mais tranquilidade e plenitude.
Depressão pós parto- Perda de motivação e prazer, uma constante sensação de melancolia e vazio, sensação de incapacidade e desinteresse em cuidar do recém nascido podem ser indicativos de que a mulher está atravessando um quadro de depressão pós parto. ⠀No Brasil, uma a cada cinco mulheres, apresentam o transtorno logo no primeiro ano de vida da criança ou até um ano depois. Quando não tratada adequadamente a depressão pode torna-se crônica e afetar de forma significativa a saúde física e mental da mulher e da criança.
A forma de tratamento dependerá de cada caso, entretanto, expor e conversar a respeito das angústias e os conflitos que podem advir da maternidade possuem um efeito protetor contra a depressão bastante significativo. Livrar-se do tabu, da culpa e da vergonha, de não estar feliz é extremamente importante para entender esse processo e conseguir superá-lo.⠀
Diante dos grandes desafios enfrentados na maternidade é importante ter sempre em mente o papel importantíssimo de se construir um local seguro e sem julgamentos onde possamos dividir nossas angústias, medos e conflitos
Psicose puerperal- á falamos algumas vezes por aqui como o pós parto pode ser um período cheio de altos e baixos e que não tem muito a ver com as construções romantizadas criadas pela sociedade. Um episódio que, apesar de raro, é preciso conhecer e entender, com a finalidade de sabermos enfrentá-lo de forma efetiva, é a Psicose Puerperal. ⠀
Com uma incidência baixa, uma a cada mil, esse transtorno psiquiátrico atinge algumas mulheres cerca de 2 ou 3 semanas após o parto. Confusão mental, nervosismo, choro excessivo, além de delírios e alucinações são os sintomas mais comuns. ⠀
Quando identificado seu tratamento deverá começar imediatamente. Isso porque uma vez que a psicose puerperal causa uma visão distorcida da realidade, alucinações e delírios, cria-se um ambiente de risco para a mãe e o bebê.
Lembre-se que nesse caso a avaliação do psicólogo e do psiquiatra, a compreensão e o acolhimento da família são de extrema importância nesse momento. A qualquer sinal de angústia, ansiedade extrema e tristeza persistente durante o período gestacional ou puerperal conte sempre com o auxílio de um profissional de psicologia perinatal. ⠀ de aborto gestacional é falar de vínculos afetivos fortes que foram estabelecidos e rompidos bruscamente. Por mais doloroso que seja é importante que a futura mamãe e todos os familiares se apropriem dessa situação que vivenciaram sem negação. ⠀ perda de um filho é um processo complexo e delicado, onde as pessoas envolvidas estão emocionalmente abaladas e fragilizadas. Por isso é fundamental contar com o auxílio de um profissional de psicologia perinatal para ajudar no entendimento e enfrentamento da perda.